sexta-feira, 5 de junho de 2009

Ser virtuosos


As faculdades precisam ser exercitadas para se afinarem.* A faculdade de conhecer a verdade exige de nós uma inclinação por ela, um desejo de praticá-la. Para reconhecer a beleza devemos forjá-la em nosso interior e buscá-la com nossos sentidos. Para entender a bondade – de um objeto, de uma ação, de um argumento – devemos ser virtuosos. O subdesenvolvimento moral perverte o intelecto do ser humano. Já, a atitude ética de aceitação, confiança e compromisso com os valores da consciência – que, em termos teologais tem seu paralelo no espírito de fé, esperança e caridade – afina nosso intelecto e nos prepara para a compreensão da essência da realidade, assim como do seu Mistério.

* Cf. J. Laplace, Exercícios espirituais de 30 dias, São Paulo, Loyola, 1998, p. 36

3 comentários:

  1. Sabemos que a palavra virtudes já era valorizada na Grécia antiga no contexto filosófico como valores que harmonizavam a sociedade, o equilíbrio entre as pessoas. Percebemos nos ensinamentos de Aristóteles que não existem virtudes inatas todas se adquirem pela repetição dos atos que geram os costumes. Entendemos então como sendo a disposição firme e constante para a prática do bem. Assim, um ato virtuoso significa qualidades que a pessoa tem de fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar o bem mas, dar o melhor de si, escolhendo-o na prática com a bondade. Esses valores morais são princípios do bem que sempre nos permite tirar uma conclusão de fatos virtuosos na história da humanidade. Estes valores também podem ser considerados éticos como conjunto de atitudes firmes sempre buscando se aperfeiçoar nos hábitos de acordo com a inteligência humana. Pelas virtudes que são qualidades em nós desenvolvidas podemos fazer um juízo de consciência das situações entre as civilizações para que as pessoas, os povos se respeitem e se ajudem mutuamente. Em todas as épocas faz-se necessárias atitudes que possam nortear o ser humano, porque é o único que detém o conhecimento por ser dotado da razão. Com estas qualidades sempre nos é permitido questionarmos: O que significa justiça? Como reconhecer na atual contextualização onde predomina a inversão dos valores, a ética? Quais contextos socioculturais e econômicos faz-se necessário as práticas das virtudes? Precisamos conhecer para colocar à disposição da sociedade, da outra pessoa nossas virtudes. Maria Auxiliadora S. Beserra.

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  2. No ato de existir estamos como que orientados para uma experiência última que satisfará todas as nossas imperfeições, carências e expectativas. Através de disposições que lhes são próprias os seres humanos vão de infinitas maneiras perseguindo esta realização. A disposição para a experiência da verdade é a capacidade do conhecimento, a disposição para a experiência do belo são os sentidos e a disposição para a experiência da bondade é a vontade. Essas capacidades que nos dispõe para essas máximas experiências não são, contudo livres de “doenças”. Assim como uma ferramenta que não utilizada e não preservada adequadamente não faz efeito ou perde até mesmo sua razão de ser essas capacidades não alcançam suas respectivas virtudes se não exercitadas constantemente. A busca pelos atos verdadeiros, belos e bondosos deve ser uma prioridade para qualquer pessoa e está acima de qualquer utilidade imediata. (Djalma da Silva Moura)

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  3. A virtude é uma conduta moral dos seres humanos e surgiu desde a concepção dos filósofos gregos. Em Sócrates, por exemplo, a virtude seria o conhecimento das causas e das ações que levavam os homens para um fim que era o bem. Já para Platão a virtude é uma atividade da alma e por isso não se aprende, apenas é transmitida pelo o conhecimento das pessoas sobre o que é bem, afinal a aprendizagem das virtudes e a prática do bem.
    Para Aristóteles, as virtudes não podem ser consideradas como um simples sentimento, pois são elas quem definem realmente a capacidade do homem agir livremente para a disposição resultante de uma ação boa.O homem adquire a virtude através da prática de seus próprios atos, pois eles podem ser justos e moderados. Só a partir de uma ação justa é que o homem pode se tornar virtuoso, e através dela seguir normas e regras para a prática de suas ações. Este tipo de conhecimento tem a finalidade de tornar homens justos, bons e felizes. Levando sempre em consideração a racionalidade. Para o filósofo a virtude se refere às paixões e as ações. Então surge um questionamento, de que maneira agir para contemplar uma ação justa. Porém a virtude é uma sabedoria prática que leva o homem a optar entre o bem ou o mal, o certo ou o errado, o justo ou injusto, sendo que só homem que tem a capacidade de racionar e escolher entre o é certo e o que e errado. Fatima Sousa

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