sexta-feira, 5 de junho de 2009

O envolvimento da afetividade


Na reflexão não há só o envolvimento da inteligência, senão que empenha-se a totalidade da pessoa. Devemos, por isso, envolver positivamente a nossa afetividade, fazendo da paixão, do gosto, da alegria e do amor motores importantes da construção do nosso pensamento. Deve se estar, de antemão, alerta contra as patologias da afetividade que, sob a forma de distúrbios emocionais – insegurança, fixações, bloqueios, etc. – podem afetar negativamente a nossa capacidade de intelecção. Mas a verdadeira racionalidade é sempre emocional, afetiva, pelo que os sentimentos não devem ser recalcados, senão, antes, implicados na potencialização das atividades reflexivas. A apatia, a frieza neutra, a abulia incolor, o ceticismo cansado e o aborrecimento, “puxam nosso freio”, nos esgotam e embargam nossa lucidez. Já, inspirações profundas, motivações humanistas e uma dose de idealismo nos facilitam enxergar mais longe. Discernimos melhor quando nos empenhamos com generosidade, energia e motivação por uma causa maior.

3 comentários:

  1. O envolvimento da afetividade.
    O conhecimento é algo que se constrói aos poucos, a partir das nossas reflexões e dos nossos atos. E a formação do nosso pensamento nada mais é do que a relação do ensino e aprendizado, uma relação dual, coletiva. Que deve ser motivado pela força de vontade, o gosto, a perseverança por aquilo que deseja adquirir. Paulo Freire em sua obra autonomia da educação deixa claro que o aprendizado exige respeito, humildade, tolerância, alegria e esperança. Ou seja, para que possamos construir o nosso pensamento se faz preciso uma dose de generosidade, de doação, de afetividade. Estes são importantes ferramentas de motivações para quem deseja tomar melhores decisões e alcançar um fim maior. Como por exemplo, o autoconhecimento, a compreensão do eu, cujo desconhecimento ocasiona tanta dor, distúrbios emocionais, dificultando desta forma o desenvolvimento intelectual do individuo.
    Francisca Vituriano.

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  2. A busca incessante pelo conhecimento nos remete a se doar inteiramente aos nossos pensamentos que nos possibilitaram a conquistar pelo conhecer das coisas, tendo em vista essa busca precisamos ter como fonte nossos pensamentos e a força de vontade pelo aprender e a valorização do ser, buscando sempre nos ver no outro e a partir dai que nos consideramos pessoas que precisamos também de humildade, igualdade, afetividade onde nossa busca pelo conhecimento não nos remete apenas pela razão mais também pela emoção de sermos seres capazes de amar. Maria Emília Aguiar

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  3. (Francisco Alexandre Maciel de Lima - Pós em Filosofia da Educação. FCRS)
    NA MAIORIA DAS VEZES TENDENCIAMOS AFASTAR A RAZAO DA EMOÇÃO (AFETIVIDADE) PELO FATO DE ENCONTRARMOS NA CULTURA OS VELHOS CHAVÕES, COMO SE A RAZÃO E A EMOÇÃO NÃO ANDASSEM JUNTAS NA PERSPECTIVA DE PENSAR O SER HUMANO COMO UM TODO. COMO SE A EMOÇÃO FOSSE A PARTE FRÁGIL DO SER E A RAZÃO, DOMINASSE SENDO ASSIM, A PARTE SÓLIDA DO SER. ACREDITO QUE NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO, SEJA ESTE, EM QUALQUER ÂMBITO SOCIAL, AS OPINIÕES, AS DECISÕES, AS DIVERGÊNCIAS, OS GOSTOS, O APRECIAR UMA DETERMINADA DISCIPLINA ESCOLA, UMA PROFISSÃO, A APRENDIZAGEM COMO UM TODO, TEM SIM A PARTICIPAÇÃO DO LADO AFETIVO COMO PARTE CONSTITUINTE DO SER, MESMO QUE RACIONALISTA, SUA PERCEPÇÕES ESTARÃO PRESAS A CONOTAÇÕES AFETIVAS. SE OBSERVARMOS, MESMO QUE NÃO SE DEIXE CLARO, MEDIANTE UMA ATITUDE, QUE A AFETIVIDADE INFLUENCIA, CERTAMENTE, DENTRO DO SER PODERÁ EXISTIR UMA GUERRA, POIS O RACIONALISTA RADICAL É UM SER HUMANO. (Francisco Alexandre Maciel de Lima - Pós em Filosofia da Educação. FCRS)

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