sexta-feira, 5 de junho de 2009

Questionar o óbvio


O que nos move a perguntar? É só quando as seguranças afundam, é apenas quando nossas evidências se vêem confrontadas por novas experiências, que surgem em nós as perguntas. Perguntas vitais são sufocadas pelo que se apresenta como óbvio, no convívio exclusivo com o que nos é afim, familiar – o repetitivo é estéril. As perguntas fundamentais surgem necessariamente da “experiência do diferente, da alteridade, da ruptura da mesmidade”. A crítica é paralisada pelo óbvio. E o óbvio encerra com freqüência um engano. Para desvendá-lo, precisamos desenvolver a atitude de questioná-lo, contrapondo alternativas diferentes que obriguem a rever seu fundamento de verdade.

Um comentário:

  1. A tradição filosófica nos ensina que a curiosidade sempre impulsionou o ser humano a conhecer as coisas, a solucionar os problemas da humanidade e a se posicionar diante da realidade que o cerca. Com a evolução do pensamento e a capacidade ampliada de conhecer sua realidade, o ser humano vem perdendo, ou melhor, naturalizando sua relação com o mundo, com seus pares e consigo mesmo. Em se tratando de nossa realidade, há uma corrida desenfreada pela busca do bem estar individual, por um prazer imediatista como forma de se livrar da dor e da frustração, e o que é pior, pessoas querendo imitar outras pessoas, esquecendo-se de ser elas mesmas, Preferindo viver na superficialidade, na aparência da imagem. Com isso, torna-se secundário, inútil o desenvolvimento de um pensar mais profundo, mais significativo sobre sua existência, levando o ser humano a se conformar e aceitar uma existência sem reflexão, sem se perguntar sobre o real significado de viver.
    IRAILSON LIMA VASCONCELOS
    IRAILSON LIMA VASCONCELOS

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