sexta-feira, 5 de junho de 2009

Consciência da realidade social


No acesso aos dados da realidade, é, ainda, tarefa do senso crítico a da consciência da realidade social. Ter consciência crítica da realidade social significa entender o mundo humano e a história como produto dinâmico da trama das vontades e liberdades humanas. Opõe-se esta visão às visões fixista e determinista. Na cosmovisão fixista o indivíduo encara a realidade como sendo um conjunto de dados fixos, imutáveis, resultado da ordem natural das coisas. Já, a cosmovisão determinista percebe sim haver história, mudança na realidade, mas, por acreditar na existência de leis inexoráveis, vê essa evolução como necessária, imposta por essas mesmas leis obscuras, contra as quais só cabe uma atitude de submissão, de aceitação resignada. A conseqüência evidente de ambas cosmovisões – fixista e determinista – é a impossibilidade de se desenvolver o senso crítico – o indivíduo, assim, dobra-se à realidade vigente, caindo na paralisia e na alienação, no desinteresse e no descaso. Ao contrário, a consciência crítica da realidade social – que pode melhor ser denominada de “consciência política” – caracteriza-se por considerar as realidades sociais como lugar e resultado das decisões livres das pessoas, e que, portanto, se julgadas injustas ou inadequadas, tornam-se passíveis de serem mudadas. Uma nova consciência – novos critérios e novos valores – pode mudar as condições impostas pela vontade alheia e engendrar uma nova realidade – a realidade querida, desejada.

5 comentários:

  1. A consciência crítica é uma forma de relação com o mundo que busca compreendê-lo de modo concreto, analisando na base e não pelas aparências. O indivíduo que possui consciência crítica não aceita as interpretações subjetivas, fantasiosas, enganosas, místicas e outras formas ilusórias de encobrir a realidade. Ele busca constantemente as causas dos fatos observando, ele se interessa pelos “porquês” mais profundos e reais. A ciência e a filosofia são dois produtos da consciência crítica, porque elas se apoiam na racionalidade, na observação, na experimentação e na análise do mundo. A transformação social passa necesariamente pelo desenvolvimiento coletivo de uma consciência crítica sobre o real. A consciência é, pois, fundamentalmente a capacidade humana, e estritamente humana, de prever e planejar previamente as próprias atividades, de refletir sobre elas no decorrer da ação, os resultados seja com os planos prévios, seja com princípios e ideais teóricos ou práticos. A consciência é a capacidade de planejar, refletir e criticar. Assim, a consciência a realidade social começa com a capacidade
    crítica de questionar os próprios pressupostos. A raiz da consciência é o
    confronto, o fundamento da crítica é a humildade. Precisamos ter consciência da realidade social que é fundamental para uma conscientização dos indivíduos em relação ao mundo em que vivem para que possam ter cada vez mais qualidade de vida sem desrespeitar o outro. Pe. Jocélio Alves da Silva

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  2. NOSSA ATITUDE DIANTE DA REALIDADE SOCIAL É DE CRÍTICOS DE UMA SOCIEDADE QUE SEMPRE AI ESTÁ, SOCIOLOGICAMENTE FALANDO TALVEZ ESTEJA FALIDA. POR TODOS OS LADOS ENCONTRAMOS CRISE, TALVEZ SEJA ESSA UMA UNICA CERTEZA QUE TENHAMOS ALÉM DA MORTE. SEMPRE ESTAREMOS EM CRISES, CRISE FINANCEIRA, CRISE MORAL, CRISE PESSOAL, CRISE AFETIVA. A CIÊNCIA A FILOSOFIA, DIANTE DOS PROBLEMAS DE VALORES PARECEM SER MUITO TEÓRICAS, INCAPAZES PARA RESOLVEREM DE FATO A QUESTÃO DA REALIDADE E SUA INFINDAS NUANCES. HEIDEGGER, SARTRE, KIEEGAARD, ACERTARAM EM CHEIO QUE EM SEUS MOTES: MELANCOLIA, ANGUSTIA, NÁUSEA, RETRATARAM OS VERDADEIROS DESAFIOS DOS VALORES PARA A CONSCIÊNCIA SOCIAL E REAL. A PRÓPRIA HUMANIDADE IMPLICA UMA CONSCIÊNCIA POLITICA, PORÉM DIFERENTE DAS SIMPLES RELAÇÕES DE TRABALHOS, MAS COMO FORMENTADORA DO AXIOMA VIVO : A PRÓPRIA EXISTÊNCIA. DESPERTAR TAL CONSCIÊNCIA PRAGMÁTICA E CRITICA DEVE-SE SER UMA TERAPIA POLITICA, QUE PROPICIE AO HOMEM, O SEU DOMÍNIO E O SEU GOVERNO DENTRO DO PLANO DO AXIOMA HUMANO DA EXISTÊNCIA LIVRE. RENE F SOARES

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  3. Diante da atual sociedade que vivemos hoje as pessoas precisam ter um censo critico diante dos diversos fatos que ocorrem a sua volta. Com isso é preciso que haja uma reflexão. Pois consciência é a capacidade de refletir analisar e criticar o que esta acontecendo ao redor. Fátima Sousa

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  4. Partindo do pré- suposto da mudança social, não podemos deixar de citar que a mudança social, primeiramente tem que haver uma mudança no individual crítica e subjetivamente. Tornar o ser consciente de uma realidade é necessário um questionamento vinculada a consciência crítica da realidade da existência social que ele participa, nunca podemos ser crítico, dentro de uma realidade que não exista a crítica. A consciência social ela é determinada pela consciência política que está na regularização da sociedade coletiva. O ser, ele é individual, porém quando falamos da realidade social ele passa a existir no coletivo e passa a ter uma realidade social resultado de uma determinação política unida a sociedade. A partir dessa visão, ele tem que buscar uma nova maneira de vivenciar a sociedade, vinculada a uma consciência crítica e coletiva.

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  5. A sociedade em que nos encontramos é uma sociedade cheia de falácias, uma sociedade que vive o que ta na moda, uma sociedade que vai atrás daquilo em que todo mundo usa, uma sociedade que pouco pensa e muito tem em ações, essas que sem uma racionalidade construída prejudica o próprio ser, levando a existência de conflitos constatantes entre si, e para com o próximo, deixando de lado toda a sua virtude moral e ética, não tendo de modo concreto uma mente construída racionalmente para enfrentar as dificuldades com elas são, precisamos de seres racionais que usem sua inteligência para a renovação de um mundo melhor, com pessoas intelectuais, que produzam algo produtivo e não destruidor, levando o homem a sua boa relação com o próximo, temos que ser críticos no ensino ao educando, o formando para uma realidade existente nada boa, tendo em vista um sinônimo de mudança total e frutífera. Aluno Francisco Ernandes Marques de Oliveira Filho

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