sexta-feira, 5 de junho de 2009

Atitude de diálogo: o limite da tolerância


O consenso sobre os limites da tolerância. Encontramos o terceiro fundamento da tolerância pelo diálogo na atitude decidida de busca, pelo consenso racional, dos limites da tolerância. Pertence ao grupo – e não a um indivíduo, autoritativamente –, pela discussão nutrida de razões convincentes, encontrar os limites de tolerância. O limite da tolerância é a intolerância, assim como o limite do racional é o irracional. Destarte, o dialogo encaminha-se a definir e neutralizar as concepções representativas de intolerância irracional, como as que estão presentes na mentalidade racista, na intransigência religiosa, no individualismo extremado, na apologia da violência, nos exclusivismos culturais e de classe, no fanatismo ideológico e em todo tipo de tribalismos fechados, excludentes e deletérios. A verdadeira tolerância é intransigente com toda idéia que ameaça a capacidade de, pelo diálogo, integrar as diferenças e construir uma convivência pacífica, livre, criativa e harmoniosa. Convém logo salientar que a verdadeira tolerância não deve ser confundida com o fenômeno, muito atual e muito estendido, baseado na preguiça mental, do relativismo indiferentista, o qual, claudicando de antemão da tarefa de buscar verdades consensuais, se desinteressa de qualquer posição.

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